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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Manuel Bocage


Outra honra de post. Ao contrário do que se pensa, Bocage não exitiu apenas para aparecer na embalagem dos cafés Nicola. É um dos maiores poetas portugueses, lado-a-lado com Luis de Camões, apesar de levar vantagem em relação a este, a nível visual. São estes cabrões que me dão orgulho de ser português. E sim, o cristiano ronaldo. Assim que ele começar a dividir o que ganha.


Bocage é sem dúvidas um génio dissimulado por detrás da sua adjectivação e paleta de tons ordinários que utiliza para pintar algumas das mais brutais poesias sobre as quais pus os olhos. Diz-se que, se Camões escrevia com um só olho, Bocage então usava os três - com dois deles, mais longe via que qualquer outro, com o restante, bem de alto cagava na sociedade.


Não sendo apenas humor revelador de extrema originalidade, a escrita de Bocage transporta a mesma brutalidade rítmica e força gramatical que podem ser encontrados em "Os Lusíadas". Mas ao contrário deste último, Bocage não se anda a armar com o facto de os portugueses serem os melhores a andar de barco, ou de terem escravizado metade da população africana, ou até de terem aldrabado os indianos nas contas.


Bocage elogia sim, a maravilhosa arte de fazer rir os outros, através da caracterização da sua vida e da sociedade. E fá-lo como ninguém. Obrigado.



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